apetece bater no inconsciente quando ele te transporta para perto, quando estas tão longe e é tão longe onde deves permanecer...foi isso que me disseste no sonho, em forma de recomendação obrigatória: " nunca esquecer que nunca mais nos podemos aproximar demasiado"... disseste-mo tao baixinho ao ouvido, e abraçaste-me com tanto de ti, que quase fui tentada a pensar que mo disseste em forma de vinculação que pede desesperadamente por excepções...eu vi a tua lágrima, eu senti o teu abraço e vi o teu olhar...
.e depois amanheceu... um dia que tardou para começar só para me dar mais tempo de sonho....e era tão lindo, e ...eras tão esse tu em quem desacredito agora tantas vezes...e era um sonho...e eu só queria: não sonhar mais...*
terça-feira, 30 de março de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
queria falar contigo......
Que música escutas tão atentamente
que não dás por mim?
Que bosque, ou rio, ou mar?
Ou é dentro de ti
que tudo canta ainda?
Queria falar contigo,
dizer-te apenas que estou aqui,
mas tenho medo,
medo que toda a música cesse
e tu não possas mais olhar as rosas.
Medo de quebrar o fio
com que teces os dias sem memória.
Com que palavras
ou beijos ou lágrimas
se acordam os mortos sem os ferir,
sem os trazer a esta espuma negra
onde corpos e corpos se repetem,
parcimoniosamente, no meio de sombras?
Deixa-te estar assim,
ó cheia de doçura,
sentada, olhando as rosas,
e tão alheia
que nem dás por mim.
Eugénio de Andrade
que não dás por mim?
Que bosque, ou rio, ou mar?
Ou é dentro de ti
que tudo canta ainda?
Queria falar contigo,
dizer-te apenas que estou aqui,
mas tenho medo,
medo que toda a música cesse
e tu não possas mais olhar as rosas.
Medo de quebrar o fio
com que teces os dias sem memória.
Com que palavras
ou beijos ou lágrimas
se acordam os mortos sem os ferir,
sem os trazer a esta espuma negra
onde corpos e corpos se repetem,
parcimoniosamente, no meio de sombras?
Deixa-te estar assim,
ó cheia de doçura,
sentada, olhando as rosas,
e tão alheia
que nem dás por mim.
Eugénio de Andrade
sábado, 20 de março de 2010
"A Instrução dos amantes" Inês Pedrosa
"... o que lhe faltou naquele instante parado no tempo foi o que sempre lhe faltaria: esse elementar instinto de defesa que disfarçamos sobre o nome de razão.Há seres assim, irremediávelmente unos, incapazes de isolar partes dentro do seu próprio corpo e de as estruturar como castelos autónomos e armados....cláudia não sabia dessa distinção, nem de distinção nenhuma.deixava correr os dias e precisava do espelho para se entender como peça solta."
terça-feira, 16 de março de 2010
...
"Quando estou só reconheço
Se por momentos me esqueço
Que existo entre outros que são
Como eu sós, salvo que estão
Alheados desde o começo.
E se sinto quanto estou
Verdadeiramente só,
Sinto-me livre mas triste.
Vou livre para onde vou,
Mas onde vou nada existe.
Creio contudo que a vida
Devidamente entendida
É toda assim, toda assim.
Por isso passo por mim
Como por coisa esquecida..." Fernando Pessoa
Se por momentos me esqueço
Que existo entre outros que são
Como eu sós, salvo que estão
Alheados desde o começo.
E se sinto quanto estou
Verdadeiramente só,
Sinto-me livre mas triste.
Vou livre para onde vou,
Mas onde vou nada existe.
Creio contudo que a vida
Devidamente entendida
É toda assim, toda assim.
Por isso passo por mim
Como por coisa esquecida..." Fernando Pessoa
just empty inside
sinto-me mais vazia em cada momento que vivo trancada em mim...os momentos em que vivo trancada são cada vez mais...não vejo o que me possa libertar desta estagnação revoltada em que se transformaram estes dias.... tanto frio...que podia confundi-lo com o que está lá fora...la ou aqui dentro ...é igual...aqui não esta ninguém...la fora tanta gente...e nao vejo ninguém...estou cansada:de viver só comigo...
"...entre muitas outras coisas, tu eras para mim uma janela através da qual podia ver as ruas.Sozinho não o podia fazer"...
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