domingo, 20 de dezembro de 2009

longe...


nao consigo perceber...evito deter-me a tentar faze-lo...no fundo sei que  fujo da pedra de toque da verdade que é a minha frieza de alma...é uma pessoa(ainda nao consigo dize-la no passado) que viveu no meu mundo, fez parte de momentos que nao estao registados, mas essa pessoa estava la...vivia ali...pertinho...e so agora me detenho para lhe prestar um pouco de atenção...estarei ja tao longe das pessoas que nao sinto a sua perda?!...sei que alguma coisa nao é correcta nesta ausencia de sentir...serei eu apenas presa àqueles que têm capacidade de me prender? e os outros, que precisam que alguém olhe por eles pelo menos um momento na vida?!...esses nao merecem um bocadinho de dependencia minha e uma metade de lágrima minha que fosse pela sua partida?...não sei...nao sei em que me tornou esta distancia que me afasta da possibilidade de ver a essencia de alguns...tela-ão??terá sido a simples falta de uma oportunidade de a ter olhado como devia ser olhado cada um(nem que fosse uma só vez nesta existência)?!...não sei...sei que hoje é nada...sei que vai doer mais tarde por nao sentir a sua partida...sei que tinha de escrever isto...para "despesar" a alma...ou senti-la ainda viva...
um beijinho, com o respeito que merece cada ser humano seja o que for esteja onde estiver...*

3 comentários:

  1. Senti-me roubado. Sem assalto ou violência mas definitivamente. Arrematado como em um leilão. à sorte de vidas escorrendo por entre as lágrimas letras que se me iam crescendo nas retinas. Pobres seres estes sem razão. Pobres outras serventias deste ofício irrestritamente íntimo e quase sem cúmplices que é a escrita. E por fim peço-te para mais roubar-me. Para mais instar nesses meus sertões, a esperança de as sementes do que te faz existir, cairem repousando no meu chão.

    Palavras de Ontem

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