quarta-feira, 16 de março de 2011

Não…a minha neutralidade não é indiferença…deve ser tão mais libertador gritar, insultar, partir uma coisa qualquer… nunca consigo…e fico a partir-me por dentro, sem que qualquer vidro risque a textura de autocontrole e sensatez que a máscara do meu rosto mostra…magoamo-nos todos(muito mais vezes por dentro que por fora) e parece que nunca mais vamos deixar de fazê-lo…
gostava que ouvisses a minha dor silenciada...mas sei que é exigir de mais...percebes agora porque preferia adorar só as coisas!?… as pessoas são estranhas…mas gosto tanto delas…e é por gostar de mais do que cada um tem de pessoal que sinto uma necessidade doentia de me afastar …porque não quero magoar, depender, tenho medo que dependam, porque deveria significar tanto mais para cada um de nós cativar e ser o cativado de alguém... dar é sempre tão bom , mas vicia a exigência de quem recebe…e nos momentos em que tenta-mos ser o melhor de nós nem sempre a luta ganha o significado que a instiga…apetece desistir…e continuar só a caminhar sem sentido, viver refugiado de sentimentos, que têm tanto de belo como de destrutivo.
... e sim, magoa, a ausência da tua amizade magoa…porque a tua presença cativa…(mas não posso deixar)
Sei que não te faço mal, mas também não consigo fazer bem …e a mágoa pela inutilidade da minha presença segue sempre na direcção da minha ausência… desculpa se demorar muito a voltar…*

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